O termo arquitetônico Platibanda designa uma faixa
horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que
tem a função de esconder o telhado. Podendo ser
utilizado em diversos tipos de construção, como casas e igrejas, tornou-se num
ornamento característico durante o estilo gótico.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha), caracteristicamente gótico,
dispõe de platibanda rendilhada em todas as arestas superiores. Situa-se na Batalha, Portugal, e
foi mandado edificar em 1386 por Dom João I. (wikipedia.org)
A origem da palavra
veio do Francês plate-bande,
“moldura larga e pouco elevada”, de platus mais bande, “tira,
faixa”. Também tinha o significado de “canteiro de plantas”, por estes terem
uma forma plana e pouco elevada. Segundo o Dicionário
Ilustrado de Arquitetura de Ernest
Burden, platibanda é uma parede ou corrimão protetor e de baixa altura na
posta de plataforma elevada, terraço, varanda, sacada, balcão, ponte ou sobre cornijas (termo usado para uma faixa horizontal que se destaca da parede).

A antiga Intendência de Macapá (1985), hoje O Museu
Histórico do Amapá Joaquim Caetano da Silva. É um exemplo de platibanda sobre
cornijas.
Platibanda
Missionária:
é uma parede baixa e isolada na borda de um telhado, frequentemente com curvas
e encontrada em muitas missões espanholas no sudoeste dos EUA.

Missão de San Diego de Alcalá (http://pt.slideshare.net/MauroFriedrich/costa-oeste-dos-estados-unidos-2009).
Em 1927, Gregori
Warchavchic, fez sua própria residência e é considerada a primeira casa
modernista no Brasil. Recebeu muitas criticas por não possuir ornamentos. Feita
de alvenaria de tijolos, a cobertura não era terraço, mas um telhado escondido
atrás da platibanda.

A Casa Modernista da Rua Itápolis
(http://www.archdaily.com.br)
Em 1928, o arquiteto franco-suíço
Charles-Edouard Jeanneret-Gris, vulgo Le Corbusier,
projetou a Villa Savoye que é
uma casa
na França.
A residência é responsável por influenciar o pensamento projetual de diversos
arquitetos em todo o mundo devido à síntese que faz das idéias pregadas por seu
autor com relação à nova arquitetura que sugeria para um século, que segundo o
próprio, seria marcado pela máquina,
pela razão e
pelo progresso.
Segundo Le Corbusier, a casa é uma máquina de morar e a Villa Savoye
foi projetada seguindo tal ideia de forma plena.

Villa Savoye (1928)
Antes muito utilizada
para “mascarar” fachadas de casas que normalmente possuem beirais com telhas
aparentes, dando um aspecto moderno em comércios e escritórios, a platibanda tornou-se
uma forte tendência para projetos residenciais atualmente e servem também como
mecanismo de segurança para os profissionais que executam manutenção nos
diversos itens localizados sobre a laje de cobertura, como, por exemplo, o
telhado, o sistema de pára-raios, reservatórios, encanamentos, sistema coletivo
de TV, refrigeração e etc.

Fachada Residencial do
Arquiteto Cesar Balieiro (2015)
A utilização de
calhas e rufos, como elementos de acabamento complementam a utilização das
platibandas

Desenho esquemático de cobertura com platibanda.
Calhas são
elementos construtivos que servem para recolher as águas pluviais coletadas
pelos telhados e levar estas águas para os condutores verticais. Podem ser em
concreto impermeabilizado, alumínio, ferro, cobre, PVC ou latão.
Rufos são
elementos construtivos, geralmente metálicos, cuja função é proteger os
encontros de coberturas e paredes, evitando infiltrações das águas das chuvas nas
juntas entre telhados e paredes ou infiltrações por capilaridade na face
horizontal de paredes de cobertura.
Muito bom o post. Queria saber um pouco mais sobre o rufo, tenho dúvidas sobre quando e como usar.
ResponderExcluirMuito bom!:D
ResponderExcluirMuito bom! Excelente explicação mestre.
ResponderExcluirVamos montar uma série sobre cobertura e seus elementos! :)
ResponderExcluirVamos montar uma série sobre cobertura e seus elementos! :)
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